domingo, 2 de setembro de 2007

Taxidermia

Dirigido por György Pálfi o filme Taxidermia estuda a vida de três gerações de uma mesma família, cada geração com seus problemas, que na grande maioria das vezes, pra não dizer em todas, giram em torno de algo bizarro, primeiro temos o soldado Morosgoványi Vendel que trabalha em uma fazendo e possui hábitos pouco convencionais e tem uma relação estranha com o fogo, que ele é capaz de expelir pelo pênis, nessa parte do filme o diretor Pálfi nostra todo o seu talento em cenas memoráveis como um maravilho 360ª através de um assoalho, essa cena beira a perfeição. Logo depois exploramos a vida do casal Balatony Kálmán e Aczél Gizi dois ídolos do esporte húngaro, mais não um esporte qualquer, e sim um esporte denominiado "speed eating" (quem comer mais rápido um prato de comida ganha), acompanhamos o romance dos dois, aqui também o filme assume sua porção mais romântica, mais nem por isso menos estranha, as sequências de competição são de revirar o estômago. A terceira geração vem com o filho do casal Balatony Lajoska que diferente dos pais é magro e não liga muito para o assunto e possui uma loja de taxidermia, o tema romance também aparece por aqui mais de uma forma mais discreta, acompanhamos as tentativas frustradas do rapaz com uma caixa de super-mercado que são vergonhosas. O filme estudas essa família sem julga-la em nehum momento e esse é o grande mérito do filme, não julgar seus personagens, por mais distorcidos que eles sejam.
Repleto de cenas chocantes, a cena onde Lajoska realiza sua profissão no final do filme é incrivelmente gráfica e a morte de um porco no começo do filme me vem a mente são um teste para o telespectador. O filme conta com atuações soberbas de todo o elenco e uma direção impecável de György Pálfi uma fotografia maravilhosa de Gergely Pohárnok, emfim, um filme estéticamente lindo. Vale a pena conferir, somente os de estômago forte.

Trailer do filme: http://www.youtube.com/watch?v=PV646KK9UVU

Um comentário:

Lazy_Tami disse...

Nha..Taxidermia mexeu com meu estômago mas não com minhas emoções (ramântico isso).

Mas ô fotografia bonita, né!